quinta-feira, 16 de junho de 2011

Divisão do Pará envolve briga pelos royalties da mineração


Senhores, senhoras e senhoritas. É com honra que os recebo em meu blog, ao qual chegaram provavelmente procurando saber sobre as propostas de divisão do Estado do Pará em três partes. Exponho a vocês o mapa mineralógico do atual Pará. Comparem o mapa mineralógico com o mapa proposto para as novas divisas entre os três estados (os percentuais do segundo mapa são referentes ao tamanho do território).
































Como vocês podem ver, está em curso um projeto para retirar as mãos paraenses o recebimento de quase todas as receitas estaduais geradas pela mineração. Hoje o Pará possui a maior reserva de ferro do mundo (Parauapebas), é o sexto estado que mais exporta no Brasil e, ao lado de Minas Gerais, responde por imensa produção mineral e pecuária.

Com a divisão, isso se diluiria em três: Fazendas (Secretarias de Fazenda) diferentes seriam criadas - o que dificultaria o processo de produção e beneficiamento no mesmo território que hoje representa do Pará -, diferentes taxas de ICMS seriam cobradas, originando dumping fiscal, três secretarias de meio ambiente e três institutos de terras responderiam por essa área - o que facilitaria o domínio de elites locais nos processos de grilagem e devastação -, enfim, é uma série de ônus que desonraria ainda mais esse pedaço da Amazônia, do TEU país.

Cada uma dessas duas regiões não representa sequer 20% da população do atual Pará, pois mais de 60% mora na área residual. O que há é o egoísmo de elites locais em função das benesses que os muitos cargos gerariam, dos repasses federais e dos royalties gerados pelo minério.

Esses não são projetos populares, são projetos de uma minoria. Pela decência do Brasil e principalmente do Pará, eu votarei NÃO à divisão.

FONTE: BLOG ALAN LEMOS

3 comentários:

  1. Essas mineradoras receberam insentivos do governo do Estado,com dispensa de impostos, ou terras???

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  2. Eu concordo com a divisão pois como foi dito o dinheiro de grande parte dos impostos da mineração não é do povo da região metropolitana de Belém e sim do povo do sudeste do Pará, sendo que o dinheiro de boa parte desses impostos é investido na região metropolitana(RM). A RM é muito grande pra depender desses impostos, sendo que o povo do sudeste já tem que dividir o dinheiro dos impostos com o gigantesco território do Pará. . As elites locais só vão tomar conta do governo se a população de lá deixar (essa população não é burra), e se eles escolherem essas tal elites não podemos falar nada, pq já erramos muitas vezes e continuamos errando na escolha de nossos representantes municipais, isso faz parte do amadurecimento político de cada população. Além do mais as sedes de governo do estado ficam todas aqui (RM), ou seja, não sentimos falta do estado, pois quando queremos reinvidicar algo não precisamos nos deslocar a grandes distâncias. Com a divisão do estado vão ser mais representantes para a região amazônica, na qual vai poder trazer mais recursos para a região. É injusto que estados bem menores como Rio de Janeiro, Espírito Santo, Sergipe... que são bem menores que o Pará possuam o mesmo número de representantes, sendo que muitas vezes conseguem muito mais dinheiro pro seu estado. Além do mais é muito mais fácil para um governador governar um estado menor. Dizem que vai ter mais corrupção, mas se formos pensar nisso não vamos mais fazer nada, pq em todas as escalas da sociedade existe corrupção. VAMOS PENSAR UM POUCO NA POPULAÇÃO DE LÁ E MENOS NOS IMPOSTOS QUE A GENTE VAI DEIXAR DE RECEBER!

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