Com o objetivo de definir as condutas da equipe de saúde e estar preparado caso a bactéria E. coli O157:H7 enterohemorrágica chegue ao Brasil, o Hospital Barros Barreto está organizando um plano - juntamente com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) - de estratégias para enfrentamento da pandemia da bactéria, que está acometendo doze países da Europa. A bactéria já atingiu 2,4 mil pessoas, 700 deles com insuficiência renal aguda, e provocou 24 óbitos.
A primeira reunião sobre o plano aconteceu na quinta-feira, 9. De acordo com a infectologista Helena Brígido, diretora adjunta do Barros Barreto, o plano consiste em ter um entendimento da situação atual e definir estratégias de prevenção e controle da infecção pela bactéria E. coli O157:H7, mantendo a população informada sobre sintomas e tratamento.
'A finalidade é evitar que as pessoas adquiram a infecção e tratar aqueles que estiverem infectados da melhor forma, com uma equipe totalmente habilitada e com pleno conhecimento da doença, inclusive para orientar familiares dos pacientes e a população em geral sobre a manipulação de alimentos, cozimento adequado da carne e higiene em geral', explica a médica.
Na reunião ficaram definidas entre as condutas iniciais: determinar a presença de surto; a realização de treinamento de diagnóstico da bactéria para o Laboratório do Barros Barreto e Laboratório Central do Estado do Pará para confirmação dos casos; a utilização de fluxograma de isolamento de contato para bactérias multirresistentes nos casos suspeitos. O trabalho será baseado no Alerta do Ministério da Saúde (do dia 3 deste mês), que consiste em dar maior atenção aos casos de pessoas com diarréia aguda com presença de sangue e que tenham visitado países afetados nos últimos 30 dias ou que sejam comunicantes de um caso suspeito originário de um desses países no mesmo período.
Fonte: O Liberal
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