O Ministério Público Federal (MPF)
entrou com ação penal, nesta sexta-feira (5), contra o ex-prefeito de Belém,
Duciomar Costa, e contra ex-funcionário da prefeitura acusados de desviar
recursos federais no valor de R$ 3 milhões destinados à implantação de
laboratórios de informática na rede municipal de ensino.
Segundo o MPF, o desvio ocorreu por
meio de fraudes na licitação dos equipamentos e serviços. Representantes da
empresa Aplicar Serviços Especializados de Pesquisa e Tecnologia também foram
acusados criminalmente por serem os beneficiados com as licitações
fraudulentas.
Na ação penal, o procurador da
República Ubiratan Cazetta pede a condenação do ex-pregoeiro da prefeitura Alan
Dionísio Sousa Leão de Sales, do ex-prefeito Duciomar Costa e dos
representantes da empresa Aplicar Serviços Especializados de Pesquisa e
Tecnologia, Hamilton dos Santos e Sirlei Aparecida Soares, por fraude em
licitações. Se condenados, podem ter que cumprir penas que variam de dois meses
a seis anos de detenção e multa.
O convênio entre o município de Belém
e o Ministério de Ciência e Tecnologia, por meio do Programa de Inclusão
Digital, previa a implantação de 30 laboratórios de informática como parte da
política de inserção social e deveria atender, além de estudantes e professores
das escolas públicas, jovens e adultos vulneráveis socioeconomicamente.
Processo administrativo do Tribunal de
Contas da União (TCU) julgou irregular a prestação de contas do convênio e
condenou os denunciados à devolução do débito, entre outras penalidades
administrativas.
Para a comissão de Tomada de Contas
Especial do TCU houve direcionamento e frustração do caráter competitivo da
licitação, já que a empresa Aplicar Serviços Especializados de Pesquisa e
Tecnologia foi a única a participar do processo e apresentou proposta com
valores idênticos aos custos estimados do convênio, o que evidencia a
ocorrência das fraudes.
IMPROBIDADE
Em abril deste ano, o MPF entrou com
ação de improbidade administrativa contra o ex-prefeito, ex-funcionários e
representantes da empresa Aplicar pelo desvio desses mesmos recursos.
Na ação o procurador José Augusto
Potiguar pediu a perda da função pública dos acusados e que os direitos
políticos de todos sejam suspensos por até oito anos, que durante dez anos
todos sejam proibidos de fazer contratos com o poder público e que sejam
obrigados a pagamento de multa equivalente a até cem vezes a última remuneração
que receberam da prefeitura, além da devolução dos valores desviados. O
processo aguarda julgamento.
(Com informações do MPF)

Nenhum comentário:
Postar um comentário