De acordo com o advogado Vitor
Fonseca, representante da frente do “não”, bonés com as cores e o número das
campanhas das frentes pró Carajás e pró Tapajós foram doados a eleitores nas
cidades que farão parte destes dois estados. O material, pela denúncia, foi
entregue pelo Instituto Pró-Estado de Carajás (IPEC), uma das entidades que
lideram a campanha pró-Carajás. “Quando tivemos a informação, resolvemos representar
a frente por conduta vedada”, afirmou Vitor Fonseca. A frente contra a divisão
do Pará não soube informar a quantidade de bonés distribuídos, nem para quantas
cidades eles foram enviados.
Como uma eleição normal, durante a
campanha do plebiscito é vedada a “confecção, utilização, distribuição de
chaveiros, bonés, camisetas, brindes, cestas básicas ou materiais que possam
proporcionar vantagem ao eleitor”, conforme prevê o art. 39 da Lei 9.504/97. A
representação da frente contra a divisão do Estado foi protocolada no TRE
durante o final de semana passado. A matéria tem como relatora a juíza auxiliar
Eva do Amaral Coelho e já foram expedidas as notificações para apresentação de
defesa para as frentes pró Carajás e Tapajós. Essa foi a primeira denúncia de
“corrupção eleitoral” durante a campanha do plebiscito.
O presidente da Comissão Brandão, José
Soares de Moura, entidade integrante da frente pró-Carajás negou que houvesse a
distribuição de bonés ou brindes pelos separatistas. Ele até ironizou a representação
impetrada pelos unionistas. “Se houve distribuição de boné, eu quero um
também”, disse Soares. “Agora, uma denúncia vinda da frente contra não me
surpreende. Eles querem criar um factoide”, complementou. (IG)
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