Quando Daniel César Azeredo Avelino
deixou Brasília para atuar no Ministério Público Federal (MPF) no Pará, em
2007, tinha 26 anos e um desafio: ajudar a reduzir o desmatamento da Floresta
Amazônica. Como advogado da União, seu cargo anterior, já havia percebido que
recorrer à Justiça não era suficiente para resolver o problema. Menos de 0,01%
das multas aplicadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) eram de
fato pagas, mas, além da morosidade no julgamento das ações, 98,5% das penas
eram transformadas em tarefas sociais, como doação de cestas básicas em valores
ínfimos. Surgiu, então, a percepção de que o melhor era envolver nessas tarefas
toda a cadeia de negócios que se segue ao corte da floresta. “O desmatamento é
difícil de se reparar. Por isso, é preciso impor metas com o conceito de
premiação”, diz Avelino.
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