terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Belém é uma das sete capitais mais caras

O preço da cesta básica dos belenenses teve um crescimento de 11,42 %, em 2012 - quase o dobro da inflação prevista de 6% para o ano. Com este reajuste, Belém ficou entre as sete capitais mais caras do país, entre as 18 pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), segundo nota divulgada pelo Escritório Regional do Pará, ontem.
O consumidor sente no bolso a diferença e identifica na hora os produtos que tiveram maiores crescimento de preços sem pestanejar. “A farinha aumentou exorbitantemente. Subiu bastante tanto na feira como no supermercado e já está passando dos R$ 6,00”, diz a estudante de Radiologia, Alessandra Borges, 38, que faz questão de mostrar o preço do produto.
“Aumentou muito, com certeza. O feijão, o óleo, a carne, que aumentou muito, o macarrão, essas coisas básicas que a gente compra todos os dias sofreram um aumento muito grande”, constata a dona de casa Edna dos Santos, 41, que gasta cerca de R$ 300,00 da aposentadoria do marido com alimentação.
Segundo o Dieese-PA, em dezembro do ano passado, a cesta básica paraense apresentou alta de preços pelo nono mês consecutivo, com aumento de 0,5%, em relação a novembro. Os 12 produtos que compõem a cesta passaram de R$ 270,22 para R$ 271,58.
O destaque, em dezembro, foi para a farinha de mandioca que teve reajuste de 4,5%, depois vem o leite (2,7%), o Café (2,2%), o arroz (1,6%), a carne bovina (0,79%) e o óleo de cozinha (0,52%). Dos 12 produtos da cesta básica dos paraenses, só a banana teve queda de 2,3%.
Os aumentos mais expressivos durante o ano foram o da farinha de mandioca com alta de 90,4%, arroz (69,1%), feijão (46,6%), óleo de cozinha (26,4%), café (19,2%), manteiga (16,1%), pão (13,9%) e banana (12,7%) (tabela 1). Os poucos produtos que apresentaram queda de preços foram o açúcar (6,12)%, carne (4,06%) e o tomate (1,22%).
A cesta básica obrigou o trabalhador paraense a comprometer 47% do salário mínimo de R$ 622 à época e trabalhar cerca de 96 horas e 3 minutos só para comprar comida. O Dieese estima que o valor do salário mínimo, em dezembro de 2012, deveria ser de R$ 2.561,47 – quatro vezes maior que o salário mínimo oficial de R$ 622,00.
Das 18 capitais pesquisadas pelo órgão, em dezembro do ano passado, São Paulo foi a que apresentou cesta básica mais cara com R$ 304,90; seguida de Porto Alegre (R$ 294,37) e Vitoria (R$ 290,89). Em termos de variação, em dezembro de 2012, Goiânia foi a que apresentou a maior alta com 10,61%, seguida do Rio de Janeiro (3,58%) e Brasília (3,41%). (Diário do Pará)

Nenhum comentário:

Postar um comentário