Os dados foram apresentados ao
governador Simão Jatene neste final de semana, pelo secretário de Estado de
Segurança Pública e Defesa Social, Luiz Fernandes Rocha, e pelo delegado geral
de Polícia Civil, Rilmar Firmino, durante reunião dos secretários e gestores de
órgãos estaduais com o governador, no Hangar - Centro de Convenções e Feiras da
Amazônia.
Em outubro do ano passado, Simão
Jatene sancionou a Lei nº 7.670, que tornou obrigatória a instalação de
barreiras visuais próximas aos caixas para reforçar a segurança nas agências e
prevenir crimes comuns nas instituições bancárias, como a
'saidinha'.
O balanço apontou também que o crime
conhecido como 'vapor', em que os assaltantes sitiam a cidade, invadem o banco
e fazem reféns para praticar o assalto, geralmente com o auxílio de explosivos,
foi a modalidade que apresentou uma das reduções mais significativas - 78,57%.
Em números nominais, as ocorrências deste tipo de crime reduziram de 14 para
três, de 2011 para 2012. O 'sapatinho', no qual os assaltantes fazem
refém a família de um funcionário do banco para obrigá-lo a retirar valores do
cofre, reduziu de 14 para sete ocorrências (50%).
O balanço geral da operação, na
comparação entre os anos de 2011 e 2012, também deverá ser apresentado aos
representantes dos bancos instalados no Estado durante a reunião mensal da
operação pelo diretor de Polícia Especializada, João Bosco Rodrigues, e o
subcomandante do Comando de Missões Especiais da Polícia Militar, tenente coronel
Luiz Carlos Rayol, que comanda a operação. Segundo o levantamento, todas as
instituições bancárias que adotaram os procedimentos recomendados apresentaram
redução na incidência dos crimes.
Na avaliação do delegado João Bosco
Rodrigues, um dos dados mais relevantes é quanto à tentativa de assalto, que
registrou um acréscimo de 26%. Mesmo com o aumento nos números, o resultado é
avaliado positivamente. 'Quando a tentativa não se concretiza é porque o crime
foi frustrado devido à atuação da polícia, que impediu a ação da quadrilha, ou
ainda porque a inteligência policial antecipou a ação e a quadrilha foi
desarticulada antes', ressaltou.
Reforço - A
operação, que tem caráter contínuo, é realizada no interior do Estado e conta
com o reforço de cerca de 150 homens, entre policiais civis e militares, com o
apoio de viaturas e helicópteros. As equipes estão instaladas em 33 pontos
estratégicos do interior, que mudam de acordo com a orientação do serviço de
inteligência. Estão envolvidos na operação homens do Grupo de Pronto Emprego e
da Delegacia de Repressão a Roubos a Bancos, da Polícia Civil, e do Comando de
Missões Especiais, do Grupamento de Rondas Táticas (Rotam), do Canil e
Cavalaria e do Batalhão de Choque, da Polícia Militar.
As ações deflagradas pelas duas
instituições policiais começaram em 2011, com a elaboração do Plano de
Segurança para Prevenção e Repressão de Roubos a Instituições Financeiras do
Pará. 'Observamos a experiência de outros Estados, como o Mato Grosso, que foi
um dos primeiros nesse tipo de operação. Com a ação de alguns Estados nesse
sentido, as quadrilhas começaram a migrar para outros, entre eles o Pará. Com a
elaboração do nosso plano, também implantamos um procedimento operacional
padrão, treinando nosso efetivo especificamente para esse tipo de crime',
informou o tenente coronel Luiz Carlos Rayol.
A intensificação das ações resultou na
desarticulação de 20 quadrilhas. Uma delas, que agia na modalidade 'vapor', foi
responsável pelo assalto a duas agências bancárias e a um posto lotérico, em
Novo Repartimento, no sudeste do Pará. As prisões foram realizadas em Pacajá,
Altamira e Bom Jesus do Tocantins, municípios das regiões sudeste e oeste do
Estado. O líder da quadrilha, Alan de Oliveira da Silva, 27 anos, foi preso em
Araguaína, no Tocantins, com mandados de prisão decretados pelas Justiças do
Pará, Tocantins e Goiás.
Orientação - Como
forma de instruir os bancos, a coordenação também ofereceu cartilhas com
orientações de prevenção ao crime às instituições. O material informa os
principais tipos de crimes e quais procedimentos devem ser tomados para
evitá-los. A cartilha também orienta funcionários e usuários sobre como agir
diante de criminosos. Além da campanha preventiva, mensalmente os coordenadores
da operação se reúnem com representantes dos bancos para trocar
informações.
Outra medida tomada pela Polícia
Militar foi a implantação de dois Grupos Táticos Operacionais nos municípios de
Altamira e Itaituba, e a expansão de outros 10 (Tucuruí, Redenção, Marabá,
Parauapebas, Castanhal, Santarém, Capanema, Paragominas, Abaetetuba e Jacundá).
A Polícia Civil também interiorizou o serviço de inteligência, com os Núcleos
de Apoio à Investigação (NAI), que foram instalados em diversas regiões do
Estado. As unidades estão localizadas em Castanhal (nordeste), Marabá
(sudeste), Redenção (sul), Abaetetuba (Baixo Tocantins) e Santarém (Baixo
Amazonas). (Com informações da Agência Pará)
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