domingo, 13 de janeiro de 2013

Crimes em bancos reduziram 16%, diz Governo

A operação de prevenção e repressão a roubo a banco (Repreban), desenvolvida pelas polícias Civil e Militar, reduziu, no último ano, em 16,13% os crimes às instituições financeiras no Pará. Foram presos 132 assaltantes, que atuavam principalmente no interior do Estado. O Banco do Estado do Pará (Banpará) foi a instituição que apresentou redução mais acentuada, de acordo com o levantamento realizado pela Secretaria Adjunta de Inteligência e Análise Criminal. Em apenas um ano, o banco diminuiu em 77,78% os registros de delitos em suas agências.
Os dados foram apresentados ao governador Simão Jatene neste final de semana, pelo secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, Luiz Fernandes Rocha, e pelo delegado geral de Polícia Civil, Rilmar Firmino, durante reunião dos secretários e gestores de órgãos estaduais com o governador, no Hangar - Centro de Convenções e Feiras da Amazônia.
Em outubro do ano passado, Simão Jatene sancionou a Lei nº 7.670, que tornou obrigatória a instalação de barreiras visuais próximas aos caixas para reforçar a segurança nas agências e prevenir crimes comuns nas instituições bancárias, como a 'saidinha'.  
O balanço apontou também que o crime conhecido como 'vapor', em que os assaltantes sitiam a cidade, invadem o banco e fazem reféns para praticar o assalto, geralmente com o auxílio de explosivos, foi a modalidade que apresentou uma das reduções mais significativas - 78,57%. Em números nominais, as ocorrências deste tipo de crime reduziram de 14 para três, de 2011 para 2012.  O 'sapatinho', no qual os assaltantes fazem refém a família de um funcionário do banco para obrigá-lo a retirar valores do cofre, reduziu de 14 para sete ocorrências (50%).
O balanço geral da operação, na comparação entre os anos de 2011 e 2012, também deverá ser apresentado aos representantes dos bancos instalados no Estado durante a reunião mensal da operação pelo diretor de Polícia Especializada, João Bosco Rodrigues, e o subcomandante do Comando de Missões Especiais da Polícia Militar, tenente coronel Luiz Carlos Rayol, que comanda a operação. Segundo o levantamento, todas as instituições bancárias que adotaram os procedimentos recomendados apresentaram redução na incidência dos crimes.
Na avaliação do delegado João Bosco Rodrigues, um dos dados mais relevantes é quanto à tentativa de assalto, que registrou um acréscimo de 26%. Mesmo com o aumento nos números, o resultado é avaliado positivamente. 'Quando a tentativa não se concretiza é porque o crime foi frustrado devido à atuação da polícia, que impediu a ação da quadrilha, ou ainda porque a inteligência policial antecipou a ação e a quadrilha foi desarticulada antes',  ressaltou.
Reforço - A operação, que tem caráter contínuo, é realizada no interior do Estado e conta com o reforço de cerca de 150 homens, entre policiais civis e militares, com o apoio de viaturas e helicópteros. As equipes estão instaladas em 33 pontos estratégicos do interior, que mudam de acordo com a orientação do serviço de inteligência. Estão envolvidos na operação homens do Grupo de Pronto Emprego e da Delegacia de Repressão a Roubos a Bancos, da Polícia Civil, e do Comando de Missões Especiais, do Grupamento de Rondas Táticas (Rotam), do Canil e Cavalaria e do Batalhão de Choque, da Polícia Militar.
As ações deflagradas pelas duas instituições policiais começaram em 2011, com a elaboração do Plano de Segurança para Prevenção e Repressão de Roubos a Instituições Financeiras do Pará. 'Observamos a experiência de outros Estados, como o Mato Grosso, que foi um dos primeiros nesse tipo de operação. Com a ação de alguns Estados nesse sentido, as quadrilhas começaram a migrar para outros, entre eles o Pará. Com a elaboração do nosso plano, também implantamos um procedimento operacional padrão, treinando nosso efetivo especificamente para esse tipo de crime', informou o tenente coronel Luiz Carlos Rayol.     
A intensificação das ações resultou na desarticulação de 20 quadrilhas. Uma delas, que agia na modalidade 'vapor', foi responsável pelo assalto a duas agências bancárias e a um posto lotérico, em Novo Repartimento, no sudeste do Pará. As prisões foram realizadas em Pacajá, Altamira e Bom Jesus do Tocantins, municípios das regiões sudeste e oeste do Estado. O líder da quadrilha, Alan de Oliveira da Silva, 27 anos, foi preso em Araguaína, no Tocantins, com mandados de prisão decretados pelas Justiças do Pará, Tocantins e Goiás.
Orientação - Como forma de instruir os bancos, a coordenação também ofereceu cartilhas com orientações de prevenção ao crime às instituições. O material informa os principais tipos de crimes e quais procedimentos devem ser tomados para evitá-los. A cartilha também orienta funcionários e usuários sobre como agir diante de criminosos. Além da campanha preventiva, mensalmente os coordenadores da operação se reúnem com representantes dos bancos para trocar informações. 
Outra medida tomada pela Polícia Militar foi a implantação de dois Grupos Táticos Operacionais nos municípios de Altamira e Itaituba, e a expansão de outros 10 (Tucuruí, Redenção, Marabá, Parauapebas, Castanhal, Santarém, Capanema, Paragominas, Abaetetuba e Jacundá). A Polícia Civil também interiorizou o serviço de inteligência, com os Núcleos de Apoio à Investigação (NAI), que foram instalados em diversas regiões do Estado. As unidades estão localizadas em Castanhal (nordeste), Marabá (sudeste), Redenção (sul), Abaetetuba (Baixo Tocantins) e Santarém (Baixo Amazonas). (Com informações da Agência Pará)

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