A morte de mais de 30 bebês na Santa
Casa de Misericórdia do Pará, no mês de junho, revoltou a população paraense,
pois é uma violação frontal do direito a vida. Além disso, não é primeira vez
que assistimos a uma tragédia com recém-nascidos na Santa Casa do Pará.
Considerando a gravidade da problemática, a Comissão de Educação, Saúde e Cultura da Assembléia Legislativa do Pará, da qual sou membro titular, convocou o Governo do Estado do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Saúde Pública a prestar esclarecimentos acerca dos óbitos de bebê na Santa Casa. A reunião aconteceu nesta quarta-feira, 26, na sala dos ex. presidentes da Alepa. Além do secretário de Saúde, Dr. Helio Franco, participaram da reunião a presidente da Santa Casa, Eunice Begot, demais deputados da Comissão e membros do Sindicato dos Médicos do Pará.
Durante a reunião ressaltei a importância do chamado “dever de casa das prefeituras” no acompanhamento das gestantes paraenses. "Nós não podemos abrir as portas da Santa Casa para todas as mazelas do estado do Pará, sem cobrar dos municípios a responsabilidades de cada um deles. Os prefeitos precisam ser cobrados, pois a União repassa todo mês o recurso para a efetivação de serviços essenciais à atenção materno-infantil."
Helio Franco, disse que a Santa Casa está de portas abertas para averiguação de órgãos de fiscalização, e que qualquer prontuário está à disposição para apreciação dos parlamentares, para eventuais esclarecimentos.
O secretário reafirmou que não houve surto de infecção hospitalar, e que os óbitos foram causados por bactérias diferentes e comuns à maioria dos hospitais do Brasil do porte da Santa Casa, e também por fatores que vão desde a prematuridade extrema até síndrome genética, cardiopatia e baixo peso – fato constatado inclusive pela equipe coordenada pelo diretor do Departamento de Ações Pragmáticas Estratégicas do Ministério da Saúde, Dário Pasche, em inspeção feita no hospital no último dia 18 de junho.
Porém, afirmei que nada justifica as mortes de bebês na Santa Casa. "O que me preocupa é que nós estamos nos tornando especialistas em dar desculpas. Parece que dar desculpas, está suplantando a especialidade médica desse estado. Sou o vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Pará, e eu não vejo como nós podemos colocar de lado, que estão noticiando que foram 44 óbitos de bebês. Nós sabemos do problema do financiamento da saúde, do tamanho gigantesco do estado do Pará, mas nada disso justifica."
Também critiquei duramente a corrupção na saúde pública paraense. "Os 44 bebês que morreram eram pobres, claro que eram pobres! Afinal a saúde pública no estado do Pará tem sido muito eficaz apenas para enriquecer alguns. O que castiga a saúde pública em nosso estado é: má gestão, má fé, incompetência e a corrupção!"
Nova Santa Casa
Sobre o novo prédio da Santa Casa, Eunice Begot anunciou que a inauguração será no final de agosto. O novo empreendimento terá mais 110 leitos, que serão distribuídos para as áreas de Pediatria, Neonatologia e maternidade. Com essa ampliação, a Santa Casa passará a oferecer 516 leitos nessas três áreas.
Haverá também um aumento no número de leitos de UTI, que contará com 100 unidades disponíveis, distribuídos entre UTI Neonatal, Pediátrica, Adulto e Materna, que não havia no prédio antigo. Este continuará funcionando normalmente, a fim de atender as gestantes de nosso estado.
Considerando a gravidade da problemática, a Comissão de Educação, Saúde e Cultura da Assembléia Legislativa do Pará, da qual sou membro titular, convocou o Governo do Estado do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Saúde Pública a prestar esclarecimentos acerca dos óbitos de bebê na Santa Casa. A reunião aconteceu nesta quarta-feira, 26, na sala dos ex. presidentes da Alepa. Além do secretário de Saúde, Dr. Helio Franco, participaram da reunião a presidente da Santa Casa, Eunice Begot, demais deputados da Comissão e membros do Sindicato dos Médicos do Pará.
Durante a reunião ressaltei a importância do chamado “dever de casa das prefeituras” no acompanhamento das gestantes paraenses. "Nós não podemos abrir as portas da Santa Casa para todas as mazelas do estado do Pará, sem cobrar dos municípios a responsabilidades de cada um deles. Os prefeitos precisam ser cobrados, pois a União repassa todo mês o recurso para a efetivação de serviços essenciais à atenção materno-infantil."
Helio Franco, disse que a Santa Casa está de portas abertas para averiguação de órgãos de fiscalização, e que qualquer prontuário está à disposição para apreciação dos parlamentares, para eventuais esclarecimentos.
O secretário reafirmou que não houve surto de infecção hospitalar, e que os óbitos foram causados por bactérias diferentes e comuns à maioria dos hospitais do Brasil do porte da Santa Casa, e também por fatores que vão desde a prematuridade extrema até síndrome genética, cardiopatia e baixo peso – fato constatado inclusive pela equipe coordenada pelo diretor do Departamento de Ações Pragmáticas Estratégicas do Ministério da Saúde, Dário Pasche, em inspeção feita no hospital no último dia 18 de junho.
Porém, afirmei que nada justifica as mortes de bebês na Santa Casa. "O que me preocupa é que nós estamos nos tornando especialistas em dar desculpas. Parece que dar desculpas, está suplantando a especialidade médica desse estado. Sou o vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Pará, e eu não vejo como nós podemos colocar de lado, que estão noticiando que foram 44 óbitos de bebês. Nós sabemos do problema do financiamento da saúde, do tamanho gigantesco do estado do Pará, mas nada disso justifica."
Também critiquei duramente a corrupção na saúde pública paraense. "Os 44 bebês que morreram eram pobres, claro que eram pobres! Afinal a saúde pública no estado do Pará tem sido muito eficaz apenas para enriquecer alguns. O que castiga a saúde pública em nosso estado é: má gestão, má fé, incompetência e a corrupção!"
Nova Santa Casa
Sobre o novo prédio da Santa Casa, Eunice Begot anunciou que a inauguração será no final de agosto. O novo empreendimento terá mais 110 leitos, que serão distribuídos para as áreas de Pediatria, Neonatologia e maternidade. Com essa ampliação, a Santa Casa passará a oferecer 516 leitos nessas três áreas.
Haverá também um aumento no número de leitos de UTI, que contará com 100 unidades disponíveis, distribuídos entre UTI Neonatal, Pediátrica, Adulto e Materna, que não havia no prédio antigo. Este continuará funcionando normalmente, a fim de atender as gestantes de nosso estado.
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