CMB: sacolas de supermercados serão substituídas gratuitamente |
A mudança das sacolas plásticas de supermercados e outros estabelecimentos comerciais por embalagens oxibiodegradáveis ganhou caráter obrigatório na sessão da Câmara Municipal de Belém desta segunda-feira 27, a partir de acordo de líderes, que também alteraram a parte relativa à responsabilidade financeira da mudança e deixaram implícito que o empresariado assumirá os custos. Até chegar ao consenso das lideranças, as propostas de emenda apresentadas pela autora do projeto, vereadora Vanessa Vasconcelos (PMDB), retirando a obrigatoriedade da mudança e ainda abrindo a possibilidade de que a substituição das sacolas pudesse ser cobrada do consumidor foram criticadas por vereadores do PT e do PPS. Os petistas Otávio Pinheiro e Marquinho classificaram a lei ora em aprovação na Casa como "inócua" e "sem nenhuma aplicabilidade para melhorar o meio ambiente". Dizendo estar decepcionado e frustrado, Marquinho lamentou ter retirado de pauta projeto de sua autoria, similar ao de Vanessa, porque o da colega tinha sido apresentado primeiro, em 2007. "Agora, o que aprovamos aqui é uma falta de respeito, sem nenhuma eficácia", afirmou, acrescentando que a iniciativa da vereadora ainda trazia o agravante de sugerir que o consumidor é que poderia acabar pagando pela mudança. Augusto Pantoja (PPS) disse que nos termos da proposta da vereadora a nova lei das sacolas de supermercados estava na contramão do Protocolo de Kioto. "Estamos criando um animal que não existe no mundo jurídico. Uma aberração. Ou mudamos isso agora e fazemos um acordo de lideranças para dar algum sentido a essa lei ou estaremos assinando um atestado de burrice", contrapôs. Na defesa de suas proposições, a autora disse estranhar as críticas que vinha ouvindo ao seu projeto há três semanas, tempo em que a proposta está na pauta das sessões. Perguntou por que os que acusaram seu projeto de "inócuo" e "marqueteiro" não se manifestaram antes, visto que o projeto tramita na Casa há quatro anos. |
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