Médicos servidores públicos federais
pretendem paralisar as atividades na próxima terça-feira (12) em protesto
contra a MP (Medida Provisória) nº 568, de 2012, que trata da remuneração e da
jornada de trabalho de profissionais de saúde.
De acordo com a Fenam (Federação
Nacional dos Médicos), o texto prevê que profissionais que atualmente mantêm
jornada de 20 horas semanais no serviço público, ao ingressar na carreira,
tenham que cumprir 40 horas semanais e receber o mesmo valor --uma redução de
50% na remuneração.
"A medida é considerada pelo
presidente da entidade, Cid Carvalhaes, como um enorme retrocesso em um país já
tão castigado pela carência do SIS [Sistema Único de Saúde] e pela
desvalorização dos profissionais de medicina", informou a Fenam.
Também na próxima terça-feira, a
Comissão Mista do Congresso Nacional deve votar a admissibilidade da MP 568.
O objetivo da categoria é, por meio da
paralisação, pressionar o congresso e abrir caminho para a primeira greve geral
de médicos servidores federais no país.
"As entidades médicas compreendem
que a MP traz a determinados setores do funcionalismo avanços importantes, que
devem ser mantidos e até ampliados. Entretanto, particularmente nos artigos 42
e 47, prejudica os atuais e futuros servidores médicos, dobrando jornadas sem
acréscimo de vencimentos, reduzindo a remuneração em até metade e cortando
valores de insalubridade e periculosidade", disse a a Fenam.
"As perdas atingem, inclusive,
aposentados (e pensionistas), que tanto já se dedicaram ao serviço público,
enfrentando baixos salários e condições de trabalho adversas", concluiu.
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