O Brasil registrou no ano passado a
maior taxa de reprovação do Ensino Médio desde
1999. De acordo com o Ministério da Educação, este índice chegou a 13,1%.
Apesar de o Pará não despontar como um dos estados com maior índice total de
reprovação no Ensino Médio, o abandono nessa faixa de anos de estudo chama a
atenção, colocando o Pará em terceiro lugar no ranking nacional. Ao todo 17,7%
dos alunos matriculados deixam a escola nesta fase do estudo, sendo que 20,7%
desse total abandonam já na 1ª série. Vergonhosamente, a rede municipal de
ensino na região urbana de Belém foi a que apresentou o maior índice de
reprovação do país: 62,5%.
Os dados sobre a evolução da educação
no país, incluindo tanto a rede pública quanto as escolas particulares, foram
divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (Inep) com base nas
informações do Censo Escolar 2011.
Os dados sobre o rendimento dos estudantes é dividido
em quatro categorias: taxa de aprovação, taxa de reprovação, taxa de abandono e
taxa de não-resposta (TNR), composta matrículas que não se encaixam nas outras
categorias por falta de informação nas escolas.
O Pará registrou 12,4% de reprovação
no Ensino Médio, sendo que 17,4% deste total foram reprovados na 4ª série. O
maior índice de reprovação de alunos do Ensino
Médio no Estado acontece nas escolas municipais, ou 33,4% do total. A
discrepância dos dados quando comparadas as taxas de reprovação das escolas
públicas e das instituições particulares também é discrepante: no ensino
público foram 13,1% de alunos reprovados na faixa, enquanto que nas escolas
particulares este índice é de 4,6%.
FUNDAMENTAL
No Ensino Fundamental a taxa de reprovação foi de 10,9%, sendo que o maior índice é registrado no 6º ano, um total de 16,2%. Mais uma vez a diferença entre as taxas de reprovação das escolas públicas e privadas é grande: 11,5% contra 3,2%, respectivamente. Diferentemente do Ensino Médio, o pior índice para os estudos fundamentais é percebido nas escolas estaduais, com 15,8% do total.
No Ensino Fundamental a taxa de reprovação foi de 10,9%, sendo que o maior índice é registrado no 6º ano, um total de 16,2%. Mais uma vez a diferença entre as taxas de reprovação das escolas públicas e privadas é grande: 11,5% contra 3,2%, respectivamente. Diferentemente do Ensino Médio, o pior índice para os estudos fundamentais é percebido nas escolas estaduais, com 15,8% do total.
Curiosamente a taxa de reprovação no
Ensino Fundamental entre as escolas rurais e urbanas é semelhante: 10,9%. Já no
Ensino Médio, as escolas rurais apresentam uma ligeira predominância, com 12,5%
de reprovação contra 10,6% na área urbana.
De acordo com os estudos, a reprovação
de alunos, principalmente nas escolas públicas, decorre de uma série de mazelas
que tanto professores quanto estudantes enfrentam. As salas lotadas, a jornada
dupla de trabalho dos professores, a realidade econômica e social dos
estudantes e as condições das escolas contribuem para a dificuldade de
assimilação do conteúdo e consequente reprovação de alunos.
Os estados com maior índice total de reprovação
no Ensino Médio são Rio Grande do Sul (20,7%), Rio de Janeiro (18,5%) e
Distrito Federal (18,5%), Espírito Santo (18,4%) e Mato Grosso (18,2%).
A rede municipal de ensino na região
urbana de Belém foi a que apresentou o maior índice de reprovação do país:
62,5%, seguida pela rede federal na zona rural do Mato Grosso do Sul, com
40,3%.
Os estados com menores taxas de
repetição são Amazonas (6%), Ceará (6,7%), Santa Catarina (7,5%), Paraíba
(7,7%) e Rio Grande do Norte (8%). (Diário do Pará)
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