A empáfia desses aí, o grotesco de
seus modos, suas vozes empostadas, seus discursos de sumo nada, o promessário
de que vão resolver isso e aquilo. Incrível como querem tudo a seu doce far
niente, à despreocupação absoluta com o ruim dos outros, estes os reféns do
sem-nada nos brasis reais, sem os véus dos idealismos excessivamente otimistas.
Trato desse assunto com frequência de chatear; repitome, consciente de que não
sou salvadora de coisa nenhuma nem de ninguém. Mas, dói o descalabro
continuado, a atitude nem aí tão vigente, apesar do Brasil incendiado na
torrente de problemões a resolver.
De outro lado, uma maioria, ciente dos
desvios tão próximos a todos nós, só assiste ao adverso espetáculo da
degradação do Brasil, entre o deixa rolar exasperante e falas de nada ter
jeito, etc.Claro que depende de nós mudar, melhorar a vida, imprimir rotas mais
risonhas a nosso País. Como aceitar e agasalhar no macio de nossa omissa
vidinha a corrupção desbragada a todo vapor? Agem, as redes de corrupção. E,
se, quando detectadas, assombram. Logo, cai o manto da impunidade generalizada,
essa uma das mais graves ofensas, uma das mais terríveis violências ao Brasi l
e sua gente que, apesar dos desmandos, vai levando tranco e levantando como der
e puder.
Como admitir que nobres ministros
deitem falação falsamente heróica, promovam roubos e desabem, face a provas
concretas de formação de quadrilhas, eles sempre escapes a punições. Pobre da
presidente, espremida no balaio dos que a bajulem com aparência de aptos a
conduzir o País a bons termos. Quando a bem intencionada Dilma dá por si… Gente,
a quem confiei um ministério? Mas também, D. Dilma, onde já se viu partidos de
araque e não competentes especialistas serem donos absolutos de ministérios? O
Brasil empaca nos ardis infames do surrupio do bem público. E que se exploda o
povo. Quando da retomada dos morros cariocas aos traficantes ficam à mostra as
entranhas das faltas, o modo como sobrevivem os asfixiados pela pobreza.
Um dos agudos problemas do País é não
cortar já o mal pela raiz. Em Belém, desde quanto se mapeiam os antros de
traficantes? E que acontece? Esfumam-se jovens drogados? Por todo o
Brasil-Pará, atesta-se o abate entre si dos pobres soterrados por todo tipo de
barbaridade. E nossas fronteiras? Todas livres à entrada de toneladas de
drogas.
No Pará, outro exemplo, foi se levantando
a louvação à divisão. Uma boa política foi deixando. E aventureiros arvorados
em salvadores do Norte, estão aí a querer meter na cabeça até de paraenses que
a solução dos males do Pará, comuns a todo Brasil, é o esquartejamento, o
leilão de nosso solo entre cambadas de políticos ótimos em multiplicar seus já
auríferos currais. A coisa foi e está aí, o aventureirismo berrando, a quer
ditar ordens. E eles ainda se dão ao desplante de trazer outros de longe com
cada uma! Só rindo pra não chorar. É, divisionista é osso duro de roer. Mas se
rói. Estão aí estudos sérios à disposição de todos, números exatos, dados
pesquisados por especialistas. Todos atestam os males da divisão. A esperteza
segue, não está nem aí. O divisionismo quer reduzir o Pará a apenas 17% de seu
atual território. Tapajós usufruiria de 58% e Carajás, de 24%. Lindinho, não?
Mesmo que se tenha permitido que muito do atual Pará já tenha passado à área
federal. Os males da pretensa divisão gritam não, não à divisão. E atenção,
paraenses, é com emoção, sim, e com dados que o Pará precisa ser defendido.
Falta de emoção têm eles, que chegaram de longe arrastando carências e agora
transformam nosso Estado em casa de mãe Joana, onde todo tipo acha de meter o
bedelho. Por falar nisso, alguém poderia me informar se alguma vez em sua já
longa vida, o Sr. Paulo Henrique Amorim pelo menos se dignou a uma visita ao
Pará? Com que cara, com que empáfia ele, que parece não se ter aclimatado na TV
Globo e se ter aboletado na Record, vem a público defender o desmantelamento do
Estado? Que sabe do Pará? Qual seu jogo no Pará? Os divisionistas, muitos
estranhos ao Pará, visam a lucros com a divisão. Duda, Amorim, gente de Minas,
de Goiás, todos uns mozarildos, uns balões de $ e de empáfia.
Artigo publicado no Jornal O Liberal
no dia 18.11.11
Amarílis Tupiassu é doutora em Letras
lilatupiassu@orm.com.br
Amarílis Tupiassu é doutora em Letras
lilatupiassu@orm.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário