Como o Enem é interdisciplinar, estes
assuntos podem estar ilustrando uma questão de História ou de Física, por
exemplo. Portanto, embora “atualidades” não seja uma matéria padrão do
Enem, como já dito, ela está estampada em outras questões do exame e exige
conhecimentos de outras matérias, como entendimento de texto (Português),
História e Geografia. Por exemplo, para entender a Guerra das Malvinas (um dos
tópicos nos quais os professores apostaram) é importante saber um pouco sobre a
história da Inglaterra e da Argentina.
Confira a seguir os 10 temas que podem
cair no Enem 2012 de atualidades e redirecione melhor os seus estudos:
1- Guerra das Malvinas
3 décadas após a guerra entre a Argentina e Reino Unido pela soberania das
Ilhas Malvinas ou Falklands, a presidente argentina Cristina Kirchner
reivindica as ilhas. “É um tema evidente para explorar o nacionalismo dos
argentinos – tal como tentado pelo governo militar daquele país em 1982”,
explanam os docentes.
2- Haiti
A pobreza no Haiti agravada pelo terremoto que devastou o país em 2012 tem
consequências no Brasil. Muitos se mudaram para terras brasileiras a fim de
encontrarem uma vida melhor. “Estima-se que cerca de 4 mil haitianos vivam no
Brasil, 40% deles em situação irregular. O governo brasileiro, cedo ou tarde,
terá de enfrentar a discussão sobre uma política de imigração para o país,
principalmente pelo fato de nossa economia se apresentar em desenvolvimento,
atraindo imigrantes de outros países latino-americanos, já que, além de
haitianos, há um grande contingente de bolivianos vivendo no território brasileiro,
muitos deles em condições bastante precárias”, explicam os professores.
3- Crise na Zona do Euro
A crise na Europa tem assustado investidores e posto em xeque a existência do
Euro, moeda única europeia. “Destaque para os PIIGS, grupo formado por
Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha – países com situação econômica
mais crítica na zona do Euro (moeda única europeia). Isso porque houve certa
irresponsabilidade fiscal por parte dos seus governos na última década –
gastaram muito mais do que arrecadaram em impostos e aumentaram muito a dívida
pública com relação ao PIB. Desde o ano passado, a expectativa geral do mercado
internacional é que crescem as chances dos membros do PIIGS deixarem de pagar
os juros e serviços de suas dívidas ou ainda não conseguirem honrar o resgate
de títulos públicos. Tais expectativas aumentaram ainda mais, após a
deflagração da crise na Grécia (cuja economia foi temporariamente “salva”
graças a um aporte de capital da União Europeia, à renegociação de suas dívidas
com seus principais credores e a um amargo e impopular pacote de corte nos
gastos públicos)”, discorrem os dois professores.
4- Comissão da Verdade
Com a recente manifestação do governo sobre o impedimento da apuração do caso
Vladimir Herzog em razão da Lei da Anistia, o assunto da Ditadura e da Comissão
da Verdade ganhou novo fôlego. “Promovida pelo governo brasileiro no intuito de
investigar abusos de direitos humanos cometidos durante a ditadura militar
(1964 – 1985), a Comissão da Verdade pode ser um tema de redação”, palpitam
Dario Feltrin e Célio Ricardo Tasinafo.
5- Novo Código Florestal
“Depois de 47 anos, o Brasil terá um novo Código Florestal, o conjunto de leis
que define regras para a produção agrícola e para a preservação ambiental. O
texto anterior, de 1965, sofreu uma série de remendos ao longo das décadas e há
muito tempo não cumpria seus principais objetivos. De um lado, defasado e desconectado
da realidade atual, limitava o desenvolvimento do setor agrário no país; de
outro, por ser amplamente desrespeitado, não servia para impedir o
desmatamento”, afirmam os professores.
6- Monarquia Constitucional
Com o aniversário de 60 anos da Rainha Elizabeth do Reino Unido, também
conhecido como jubileu de Diamante pode despertar questões históricas: “O
jubileu de Diamante (60 anos) da Rainha Elizabeth II do Reino Unido pode levar
à cobrança de questões sobre as diferenças entre regimes absolutistas
(soberania política concentrada totalmente nas mãos do Monarca, que acumula as
funções de chefe de estado e chefe de governo) e as monarquias constitucionais
(o monarca é chefe de estado, mas o governo é exercido pelo primeiro – ministro
e seu gabinete, definidos a partir da maioria parlamentar)”, explicam os
professores da Oficina do Estudante.
7- Conferências da ONU sobre meio
ambiente
Com a recente conclusão da Rio+20, o Enem e os vestibulares podem pedir
questões sobre as conferências anteriores sobre meio ambiente. Os professores
aconselham: “o estudante deve ficar atento a perguntas sobre: conferência de
Estocolmo (1972); Eco 92 (Rio de Janeiro) e Rio+10 (Johanesburgo). Além disso,
protocolos internacionais sobre temas relacionados à preservação ambiental
também são importantes, como por exemplo, o protocolo de Kyoto sobre a emissão
dos gases relacionados ao efeito estufa (1997)”.
8- Processos de nacionalização de
hidrocarbonetos em países latino americanos
Desde 1998, ano em que Hugo Chávez começou um processo de estatização das
empresas exploradoras de petróleo na Venezuela, o tema tem sido recorrente na
América Latina. “Em 2012, o presidente Evo Morales acelerou as nacionalizações
na Bolívia e o mesmo caminho foi tomado por Cristina Kichner na Argentina”,
assinalam os docentes.
9- Produção de energia hidrelétrica no
Brasil e a usina de Belo Monte
“Tema recorrente nas provas de vestibular. A polêmica construção da Usina de
Belo Monte na bacia do Rio Xingu e todos os impactos socioambientais a ela relacionados
devem aparecer em vários exames”, apostam.
10- Rios Voadores
Como explicam os professores, “as chuvas que ocorrem no Brasil não são
provenientes apenas da umidade que vem do oceano Atlântico e se condensa no
continente. Boa parte delas se origina da evaporação e da transpiração da
floresta Amazônica, que formam uma quantidade enorme de vapor de água que se
desloca da região Norte até o Sul do país. Esses vapores são transportados
pelos ventos até a cordilheira andina, que funciona como uma barreira natural e
redireciona o percurso da umidade para o Norte da Argentina, o Uruguai, o Sul e
o Sudeste do Brasil”. O tema tem relevância atual porque influencia nas
temperaturas e no clima de duas regiões brasileiras. A pergunta, portanto,
fica: o que acontecerá com o clima destes estados com a crescente devastação
das matas amazônicas? Talvez você enfrente esta questão em uma redação de
vestibular ou no próprio Enem. (Universia Brasil)
Nenhum comentário:
Postar um comentário