Todos os combustíveis ficaram mais
caros nos cinco primeiros meses deste ano em Belém,
segundo pesquisa do Dieese-PA divulgada nesta segunda-feira (3).
O maior reajuste registrado foi no
litro do diesel, que nos primeiros cinco meses de 2013 subiu em média
13%. O primeiro reajuste oficial foi em janeiro, o segundo em março e o
terceiro foi observado no mês passado.
A segunda alta mais expressiva para os
paraenses veio do etanol. Segundo o Dieese-PA, o litro fechou os primeiros
cinco meses de 2013 e os últimos 12 meses ( Jun/12-Mai/13 ) com altas bem
acima da inflação.
As pesquisas mostram que em maio do
ano passado, o preço médio do litro do etanol foi de R$ 2,266. Com altas
progressivas, em abril de 2013, o litro foi vendido em média a R$ 2,510, e em
maio, chegou a R$ 2,526. Com isso, a reajuste acumulado foi de 8,18% nos
primeiros cinco meses de 2013, e de 11,47% nos últimos 12 meses, contra uma
inflação de aproximadamente 7,29%. O Dieese-PA ressalta ainda o preço do etanol
teve uma queda de cerca de 20% nas usinas e que o Pará é um dos poucos
estados do país onde o etanol ainda não apresentou queda nos preços .
A gasolina também ficou mais cara. No
mês de maio, o litro da gasolina foi vendido, em média, a R$ 2,836, com o menor
preço sendo encontrado a R$ 2,750 e o maior a R$ 3,096. Oficialmente a gasolina
subiu este ano cerca de 7%. O aumento foi autorizado no final do mês de janeiro
de 2013.
Quanto mais cara a gasolina, mais
gastos para quem depende do combustível. E quando o transporte é a fonte de
renda, o prejuízo é maior ainda. O mototaxista Marcos Silva reclama que do
começo do ano até maio, as despesas com gasolina quase dobraram. “Em janeiro,
eu gastava R$6 por dia. Hoje, eu gasto pelo menos R$ 10”, revela. Para não
perder clientes, ele afirma que o jeito é arcar com o prejuízo. “Se eu repassar
esse custo a mais para os clientes, eu vou perder passageiro. Quem quer pagar o
dobro pelo serviço?”, questiona.
Para tentar driblar a baixa no
orçamento diante dos altos gastos com gasolina, Marcos trabalha ainda mais.
“Agora o jeito é eu trabalhar 10 horas por dia, sete vezes por semana. Caso
contrário, não tenho como pagar as contas e manter as necessidades da minha
família”, relata o mototaxista, responsável pelo sustento de sete pessoas.
“É importante salientar também
que as altas no preço dos combustíveis têm efeito dominó sobre a economia
, principalmente os aumentos verificados no preço do diesel, que traz impactos
diretos sobre o custo da alimentação para todos os paraenses”, destaca Roberto
Sena, supervisor técnico do Dieese-PA.
(G1 Pará)
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