segunda-feira, 3 de junho de 2013

Preços dos combustíveis sofrem nova alta em Belém, diz Dieese-PA

Todos os combustíveis ficaram mais caros nos cinco primeiros meses deste ano em Belém,  segundo pesquisa do Dieese-PA divulgada nesta segunda-feira (3).
O maior reajuste registrado foi no litro do diesel, que nos primeiros cinco meses de 2013 subiu  em média 13%. O primeiro reajuste oficial foi em janeiro, o segundo em março e o terceiro  foi observado no mês passado.
A segunda alta mais expressiva para os paraenses veio do etanol. Segundo o Dieese-PA, o litro fechou os primeiros cinco meses de 2013 e os últimos 12 meses ( Jun/12-Mai/13 ) com altas  bem acima da inflação.
As pesquisas mostram que em maio do ano passado, o preço médio do litro do etanol foi de R$ 2,266. Com altas progressivas, em abril de 2013, o litro foi vendido em média a R$ 2,510, e em maio, chegou a R$ 2,526. Com isso, a reajuste acumulado foi de 8,18% nos primeiros cinco meses de 2013, e de 11,47% nos últimos 12 meses, contra uma inflação de aproximadamente 7,29%. O Dieese-PA ressalta ainda o preço do etanol teve uma queda de cerca de 20%  nas usinas e que o Pará é um dos poucos estados do país onde o etanol ainda não apresentou queda nos preços .
A gasolina também ficou mais cara. No mês de maio, o litro da gasolina foi vendido, em média, a R$ 2,836, com o menor preço sendo encontrado a R$ 2,750 e o maior a R$ 3,096. Oficialmente a gasolina subiu este ano cerca de 7%. O aumento foi autorizado no final do mês de janeiro de 2013.
Quanto mais cara a gasolina, mais gastos para quem depende do combustível. E quando o transporte é a fonte de renda, o prejuízo é maior ainda. O mototaxista Marcos Silva reclama que do começo do ano até maio, as despesas com gasolina quase dobraram. “Em janeiro, eu gastava R$6 por dia. Hoje, eu gasto pelo menos R$ 10”, revela. Para não perder clientes, ele afirma que o jeito é arcar com o prejuízo. “Se eu repassar esse custo a mais para os clientes, eu vou perder passageiro. Quem quer pagar o dobro pelo serviço?”, questiona.
Para tentar driblar a baixa no orçamento diante dos altos gastos com gasolina, Marcos trabalha ainda mais. “Agora o jeito é eu trabalhar 10 horas por dia, sete vezes por semana. Caso contrário, não tenho como pagar as contas e manter as necessidades da minha família”, relata o mototaxista, responsável pelo sustento de sete pessoas.
“É importante salientar também  que as  altas no preço dos combustíveis têm efeito dominó sobre a economia , principalmente os aumentos verificados no preço do diesel, que traz impactos diretos sobre o custo da alimentação para todos os paraenses”, destaca Roberto Sena, supervisor técnico do Dieese-PA.

(G1 Pará)

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