Para o vereador Augusto Pantoja, a
questão das drogas está, sem dúvida, na ponta na tentativa para
identificar o problema, mas que também contribui de muitas formas a
"insensibilidade da sociedade, para com cerca de 700 mil pessoas que
vivem em área de invasão constituindo verdadeiros guetos", alertou. O
vereador do PPS destacou que essa realidade ofende a todos os membros da
sociedade responsáveis. Informou que os resultados da audiência pública
estarão contidos no texto de uma Carta Aberta a ser enviada ao
governador do estado e ao prefeito de Belém, além das demais autoridades
envolvidas com o drama da violência.
A coordenadora de Política de Igualdade
Racial da Secretaria Estadual de Justiça, Raquel Teixeira, informou que
já foram elaborados programas, agora condicionados à liberação de verbas
federais, para a efetiva implantação de ações contra a violência. O
secretário de justiça, Adriano Brasil, enfatizou de início a necessidade
de mudanças de comportamento e pensamento com relação às pessoas, como
um primeiro passo para enfrentar a questão da violência. Informou a
existência de políticas públicas voltados para a educação de jovens com o
objetivo de livrá-los dos traficantes. Citou ainda o programa Pró-Paz,
que atende cerca de três mil crianças, preparando-as para o exercício da
cidadania. Isso tudo aliado às ações policiais preventivas. Segundo
ele, os efeitos desses programas já são sentidos em áreas antes
intensamente violentas, como o bairro da Terra-Firme, que registrou nas
últimas estatísticas, queda considerável nos níveis de violência. Foram
ouvidos também o reverendo Possandilha, representando o deputado federal
Arnaldo Jordy, que aludiu a três fatores contributivos para a realidade
das nossas periferias: segurança pública, educação e crise de valores.
Outras autoridades foram ainda ouvidas pelo plenário, apontando
estatísticas sobre a realidade da violência em Belém e em todo o Pará,
como a sra. Lesla Batista, da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia
Legislativa; o secretário de segurança pública adjunto e o Dr. Bruno
Guimarães, do Emaús, que formulou ainda críticas perguntas às
autoridades presentes sobre a aplicação de políticas públicas em favor
da juventude. A audiência foi concluída com as manifestações de vários
jovens envolvidos em associações e clubes que se voltam para minimizar
os problemas dos jovens pobres e, sobretudo negros, residentes nas
periferias de Belém. O vereador Augusto Pantoja definiu aos presentes
que em poucos dias será entregue às autoridades e ao público a carta
documento resumindo o debate em torno dos problemas discutidos na
audiência pública.
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quarta-feira, 21 de março de 2012
CMB discute extermínio de jovens em Belém
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